quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Portomarin > Palas de Rey - 17.09.2010

Rio Miño e restos da antiga Portomarin

Quando a rotina parece querer instalar-se, algo de novo acontece no Caminho. Vinhamos repetindo manhãs de caminhar prazeroso seguido de tardes quentes, horas difíceis.
Logo à saida de Portomarín experimentamos vários momentos de uma longa escalada que, associada à escuridão da madrugada, não era o melhor que desejávamos.
Dia já posto e metade dos 24km cumpridos, topamos com o inusitado do Caminho: uma pequena casa, quase casebre. Atendido por hospitaleiros voluntários, ofereceu-nos carimbo na credencial, café e chá, gratuitamente. Estranhei a oferta em razão da fase mercantilista por que atravessa o Caminho de Santiago. Conversei com um dos hospitaleiros, um jovem norte-americano e este disse-me que o propósito da associação a que pertence é buscar o resgate da história da generosidade e reaver o espírito religioso que por séculos perdurou. Não havia como duvidar destes propósitos. Mas havia incorrido neste êrro que é o de perder a crença na benevolência das pessoas.
Ao final da viagem, passando por extensos e sombreados bosques de carvalho e saboreando os prazeres da caminhada, constatara que o Caminho de Santiago é assim mesmo: misterioso, imprevisível e cheio de lições.
E ASSIM VAMOS CAMINHANDO...

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