VILLAMAYOR DEL RIO > AGÉS

Foi uma boa estada no albergue São Luis do hospitaleiro espanhol Roberto, brincalhão e espirituoso. Saímos ainda muito cedo e sem dele despedir. Em pouco tempo já passávamos por pequenas aldeias com o frio nos assolando e a madrugada escura como um breu. Neste dia nos espreitava, 10kms à frente, a conhecida e temida subida dos Montes de Oca. Nos tempos medievais dizia-se que ferozes lobos atacavam incautos peregrinos. Obviamente que estas histórias, salvo alguns acontecimentos pontuais, são lendas e coisas do imaginário. Hoje ainda existem lobos, mas com duas pernas. E estes matam.
Exatamente no meio da subida uma leve chuva começa a cair e resta ao peregrino se proteger com a capa de chuva. A imagem de um peregrino revestido com sua capa é no mínimo bizarra e que lembra o Corcunda de Notredame.
Ainda era meio-dia quanto atingimos o vilarejo de San Juan de Ortega um dos mais emblemáticos do Caminho, onde até o ano passado o padre José Maria Alonso, por 25 anos, foi o hospitaleiro deste lugar. Uma das tradições e que ficou conhecida no Brasil todo, foi a sua sopa de alho, preparada diariamente por ele aos peregrinos e que diziam ser deliciosa. Na minha primeira estada no ano de 2000 não a provei, pois por uma condição adversa ele não a fez.
1 e meia da tarde quando chegamos a AGÉS, um povoado tão pequeno que eu e o Domingos ao caminharmos por 10 minutos por suas ruas, encontramo-nos com o italiano Eddo por 3 vezes.

E ASSIM VAMOS CAMINHANDO E PENSANDO...........